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Mostrando postagens de agosto, 2006

27 de Dezembro

O Brasil é uma república federativa cheia de árvores e gente dizendo adeus Oswald de Andrade Era um mais um cinza domingo febril; Meu coração estava apertado de saudade; Lembrava-me de Oswald de Andrade Afirmando existir uma pátria cheia de árvores, E pessoas dizendo adeus. . . Era o Brasil. . . O domingo de chuva ácida era tão vil. . . Não me deixava encontrar o meu amor; A saudade fazia-me sentir muita dor, Era um domingo triste de uma imensa pátria, Esta, que está tão mal tratada é o Brasil. . . Na vitrola, escutava um antigo disco de vinil, Era domingo, e eu só pensava em minha amada. Ah! Como eu a amo! Como ela é desejada! Então lembrei que na pátria também havia felicidade, Mas que pátria é essa que sofre e ri? É o Brasil. E eu perguntava – O telefone, quem viu? Corria para atendê-lo. . . Eu estava agoniado Pois necessitava dizer o amor de um homem amado. Enfim consegui minha paz. Isto tudo ocorreu num domingo. Outrora triste, tornou-se alegre. E assim, foi mais um domingo

Amanhecer

O chão reflete o brilho do sol O sol penetra pela janela Como o amante que penetra em sua donzela Ilumina a sala escura e nebulosa Atingindo aos olhos de quem nela dorme. . . Depois de uma noite fria, O sol esquenta o corpo morto Que teve seu último prazer. A donzela ainda dorme em seu leito E um corpo descansa no chão, na lousa; Aquela noite, talvez tenha sido fatal Mas, quem resistiria àquela donzela sensual? E depois do prazer, veio o punhal. . . Cravado em seu coração. . . Em seu peito! O sangue escorre pelo chão da alcova E a donzela, cansada, deita-se para dormir Quando então, o sol começou a surgir.