Nada Sou


Um imenso desespero invade a alma

Não encontro mais saídas claras

Estou tão confuso....

Tonto e tolo... sobrevivendo de ilusões

Mas não nego a atormentada existência

Mesmo que ela insista em negar-me.

Com lágrimas no rosto, angustio-me

Como encontrar uma tangente?

Prefiro a inércia.

Imóvel não encontro atritos

Nem arrisco o quê me resta.

Sinto-me incapaz de mover-me.

Imaginava um futuro diferente para este presente

Uma outra realidade mais vitoriosa

Ou talvez um fracasso menos forte...

No futuro do pretérito

Será que conseguiria ser?

Ou novamente nada seria?

Não tenho mais perspectiva.

Não me sinto mais pertencente ao ser

Sinto-me excluído de algo que sempre fui

Não me encontro mais em mim...

Só sei que nada mais sou

Mas um dia fui.

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