Súplica
Vultos cercam meu leito fúnebre
Não os consigo diferenciar...
Até quando suportarei o lúgubre
Coração que não deseja mais amar?
Não quero mais esta vida enfadonha!
Chega de volúpia! Chegar de seios fartos!
Quero que a morte, outrora medonha,
Chegue célere, em passos largos.
Estou aos pouco entristecendo o espírito
Estou consumindo o ópio letal.
Por favor! Um copo cheio de absinto!
E embriague-me com seu líquido fatal.
Fujam! Fujam, vultos prazerosos!
Não desejo mais vê-las em meu quarto.
Não tenho mais gestos airosos.
Só sei que da vida estou farto!
Oh! Deus por que ainda devo viver?!
A desgraça é pouca e a alma padece
Basta! É preciso parar de sofrer!
A alma liberta-se e o corpo falece.
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