Nos caminhos encontro em cada esquina um momento... A cidade fala silenciosamente pelas suas ruas barulhentas, Pelos seus prédios impassíveis, pelo tempo de seus anos... Nunca havia reparado nos traçados formosos e famosos Porém sempre refleti sobre momentos da evolução da cidade. Existe uma área em que podemos senti-la mais intensamente, Com mais angústia e esperança – a área central. É o locus da mudança, dos embates, do progresso... Do regresso, do retorno, das experiências e dos fracassos. Lá, eu sempre tive ilusões e confusões temporais... O contraste com o outrora bucolismo suburbano, Leva-me a expansão, ao progresso e à civilização. Tenho que confessar: - Não sei mais em que tempo estou! Num mesmo quarteirão, entrei no século XVI, Desci no século XIX, caminhei pelo início do século XX, E deparei-me no século XXI... enxergando séculos posteriores... Não compreendo essa saudade, essa melancolia de uma cidade que não conheci; E talvez nem conheça ainda seu cotidiano, seus habitante
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