Flores Mortas
Flores Mortas na jardineira de minha alcova Os raios de sol tentam sair do pélago da escuridão Mais uma noite em claro e de dor faço de minha pena uma arma contra a solidão E sobra um livro escrito e morto, e vívido O sol tenta se sobrepor aos raios brancos da lua Minhas flores outrora cultivadas, já estão murchas Minha pena não para de desenhar palavras E imaginando histórias, escrevo poemas mórbidos Meus dedos cansados e doloridos Dedos estes que passaram a noite em claro Escrevendo, poetizando sobre o que eles nunca sentiram Amor. . . Assim o dia vem tomando conta do mundo Minha cela ainda está na penumbra. Eu vivo! Ainda vivo. . . Mas não sinto. . . Meus cabelos vermelhos, outrora foram castanhos Meus olhos verdes, outrora choraram tanto. . . E minha mão, sem descanso escreve, Escreve tentando saciar sua sede de expor a dor Tornar minha dor, uma dor do leitor E ao mesmo, um prazer tão deleitoso, quanto amar E estes versos sensíveis fogem da luz do dia Eu não quero encontrar a luz!