Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2005

Virgens de Ébano

Insano! Ouço vozes que correm o porão! Como se elas ressurgissem da escuridão E dentro desses vultos falantes Via belas virgens cor de ébano ofegantes Não acreditava! Voltaram as febres! Elas estavam presas em cárceres Mas romperam o grilhão que as prendia E agora estavam a minha vigília... Eram vultos! Ou eram virgens belas? Não sei, mas eram novamente elas! Sopravam os ares mórbidos em meus ouvidos Enquanto este peito e este corpo lutavam destemidos Para sobreviver e quem sabe encontrar A virgem idealizada que ainda há de amar... Suspiros, eu os ouço! Como estão pálidas! Outrora tão bronzeadas e cálidas!... Delírios que traduzem o choro da alma Que poenta, ainda comete uma ressalva: - Não ame! Não sinta essas saudades! Mas mesmo assim teimo e respondo: - Viverei o amor e encontrarei as felicidades! A febre acaba, o delírio findou-se em meu cômodo.